Células tronco: o inicio de uma vida recuperada ou o fim de uma vida perdida ?

Tão delicada como as pessoas que necessitam das células tronco para recuperação de seus movimentos, sequelas deixadas por diversos acidentes, é a posição, ou melhor, a divisão por conclusões se isto se trata de uma beneficio, ou um crime.
Tudo gira em torno da palavra vida, mas afinal o que é vida? Durante muito tempo, vários filósofos viveram em prol desta incansável pergunta, e hoje nos resumimos a dizer que vida é vida, e acabou.
Vida é quando o espermatozóide encontra-se com o óvulo? Então é correto dizer que parte do ser humano morre nos primeiros dias, pois é comum o embrião não conseguir fixar na parede do útero, sendo assim expelido pelo corpo. Ou será que vida é no segundo mês de gestação, já que é neste, que começam as atividades cerebrais. Vida é quando uma criança é retirada do útero da mãe? Ou simplesmente quando vamos crescendo e desenvolvendo habilidades como fala, gestos, andar, etc.
Enfim, para a religião, a vida se resume no momento da fecundação, não há distinção entre um feto, uma criança de 2 anos ou um idoso de 99. Mas a ciência caminha em um infinito trajeto, sempre em busca de evoluções, técnicas, procuras. Porém chegar cada vez mais perto do que é divino pode ser um tanto quanto perigoso. 
As células tronco tem sido a esperança de muitas pessoas, que sofreram lesões, e acreditam na ciência, mantendo assim viva a expectativa de um dia recuperar o que lhe foi perdido. Será justo resumir essas pessoas a limitações, sendo que a ciência tem suporte suficiente para esta tal recuperação?
Pela lei para se falar em aborto é necessário, “a priori” de um útero humano e existir nele um ovo ou zigoto, com vida. O embrião ou óvulo fecundado pelo espermatozóide in vitro ao ser usado não se comete aborto porque a Jurisprudência diz que é necessário à prova de gravidez da mulher e o “vitro” não é útero humano. Então o embrião, como produto da fertilização do óvulo “in vitro” pode ser usado, para fins de pesquisa e de cura de doenças sem se cometer crime algum.
        O fato é que é difícil responder ao certo o que vem a ser vida, já que somos seres humanos distintos, com pensamentos, princípios e conceitos totalmente diferentes. E esta parece ser uma eterna luta entre a ciência e religião. Ficando assim a critério de cada um concluir ao certo se isto é um crime ou uma evolução, e mais uma vez voltamos à pergunta do inicio do texto, células tronco, beneficio, ou um crime?



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